sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Anarquismo no Brasil


O anarquismo manifestou-se primeiramente como anarco-sindicalismo no século XIX; porém as idéias libertárias já se notava desde o período da escravidão:

  • Quilombo dos Palmares;
  • Comunidade Independência;
  • Quilombo do Livramento (Não havia preconceito sexual);
  • Serra do Talhado (Existe até hoje);
  • Colônia Cecília;
  • Guararema (comunidade formada especialmente por imigrantes);
  • Canudos (Antônio Conselheiro e trabalhadores escravizados).

                                                  

Esses São exemplos de indignação popular contra as varias injustiças sociais.

No final do séculos XIX, a escravidão estava no fim e o Brasil crescia aceleradamente; fazendo com que se necessitasse de mão-de-obra barata. Propaganda foi feita em outros países e daí dá-se inicio à imigração. Porém, os imigrantes perceberam que nada era como anunciado. Os imigrantes italianos, que eram maioria, fixaram-se em São Paulo e mobilizaram o “I Congresso Operário” com a presença de delegados do grupo anarquista “Floresta Aurora”.

Foi nessa época que a imprensa revolucionária teve impulso maior. As publicações anarquistas chegavam em peso e eram lidas e interpretadas livremente.

Neno Vasco era responsável pelo jornal “O Amigo do povo” mais tarde chamado de “A terra livre”; traduziu textos e era responsável também repassar informações. Brigou contra o sérvio militar obrigatório.

O inicio do século XIX viu movimentos sociais acelerarem seus passos, manifestações e a imprensa denunciando; trabalhadores sendo mortos e perseguidos. Foram essas perseguições e a opressão que fez com que o movimento não tivesse criado raiz no Brasil.

Edgar Rodrigues mostra que o anarquismo brasileiro não se limita ao anarco-sindicalismo, mas foi um movimento completo, com jornais e pensadores.

Hoje o movimento anarquista passa por uma crise, pois as pessoas encontram-se desarmadas para lutar contra o sistema; não sabem como e nem o que fazer. Esquecem até mesmo de atualizar a teoria para que, a analise e a luta possam ser mais concretas e reais.

 

Ler: Maria Lacerda de Moura e a questão da emancipação feminina – Leila Leite.

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