Por Pamela Paulino.
Num pais absurdo como o Brasil conseqüentemente iria abrigar ideologias absurdas, principalmente as ligadas ao ódio racial e assim permanecer por algum tempo.
Darei detalhes ao leitor sobre o dia em que todos quebraram sua cápsula protetora conformista e medíocre, importada de "intelectuais" europeus burros.
Em determinada tarde, não tão comum assim, houve uma revolta.
Nesse dia todos acordaram cedo, extasiados por um sentimento unânime. Ninguém recuaria e ninguém voltaria para casa sem conseguir o que queria, não se passaria mais um dia sem que tivessem de volta seu direito mais valioso, de valor incalculável, o bem mais precioso de um individuo: a liberdade, que fora roubada a tanto tempo mas não fora esquecida.
Como passaram tanto tempo sem ela? Isso já não importava, hoje a reencontrariam.
Acredito que todos estavam com milhares de idéias borbulhando dentro da cabeça, muita coisa se passava. O objetivo era claro e o momento era confuso.
"Uma terra habitada por índios, tomada por europeus e explorada pelo egoísmo". Pessoas deram suas vidas pela solução e eles também estavam dispostos a lutar.
Não havia mártires, mais não se vive sem liberdade. Todos foram as ruas e trajaram suas vidas. Sabiam o que os esperavam e não houve fascista que brecou o ideal de um militante libertário nesse dia, não houve socos ou botinadas fortes o suficiente para desestimular alguém.
A calma caiu e mesmo com tantos feridos, ela estava ali finalmente. Enfim, um futuro livre.
As instituições caíram juntos com suas bandeiras. O que restou da escória verde e amarela marchou com seus amigos ratos "puros" até o centro de sua querida cidade, do seu querido pais para serem traídos por seus representantes de merda e sangrarem pelas mentiras em que acreditaram por tanto tempo. Pobres crianças! Até mesmo suas bandeiras se recusaram a serem sujas com o caldo da escória.
Ao fim do dia todos estavam esgotados. Foi um dia válido, foi necessário.
Estamos livres. Não temos fronteiras, nem raças ou bandeiras. Estamos livres.
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