quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Zumbi e o Quilombo dos Palmares

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas; em 1655. Nasceu livre, porém foi capturado e entregue a um missionário português. Aprendeu português e latim, foi batizado com o nome de Francisco, ajudava nas missas e apesar da tentativa de enfiar uma cultura na cabeça dele, Zumbi fugiu aos 15 anos, para Palmares.

Já existiam referencias de haver algum Quilombo na região de Palmares, formado por fugitivos dos engenhos das capitanias da chamada União Ibérica.

Zumbi, aos vinte anos já era conhecido por sua destreza. Derrotou a expedição de Jacome Bezerra e foi ferido em confrontos com Jorge Velho e Manuel Galvão.

 

Antes de Zumbi tomar o controle do Quilombo de Palmares, esse mesmo Quilombo já dava algum trabalho para os colonizadores e escravistas. Em 1678, Ganga Zumba, o tio de Zumbi fez um tratado com o governador da Capitania de Pernambuco, que já não agüentava mais os conflitos.

 

Porém Zumbi não aceitou esse contrato de paz, quando se tornou líder do Quilombo.

 

O Quilombo sobrevivia basicamente de caça, pesca e coleta de frutas, artesanatos; e tudo que era excedente, era comercializado com aldeias vizinhas ao Quilombo de Palmares.

 

Esse Quilombo já estava na mira de bandeirantes à tempos, e mesmo com suas táticas, os bandeirantes tinham dificuldades em vencer os quilombolas.

 

Depois de alguns anos de Zumbi ter tomado a liderança do Quilombo, Jorge Velho, foi chamado para invadir o Quilombo, e o fez, ajudado por um negro, iludido com a promessa de liberdade.  A capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Morreu dois anos depois, no dia 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi salgada e levada ao senhor da Capitania; que expôs sua cabeça em praça pública.

 

Com Zumbi morto, o Quilombo se desfez em 1710.

 

Zumbi, o Duende.
Zumbi, o Fantasma.

Zumbi, Guerreiro negro.

Zumbi, mais um revolucionário morto, em prol de um sonho de igualdade.

Anarquia!?!

Bakhunin, Proudhon, Tolstoi, Malatesta, Godwin, Emma Goldman... Anarquistas! O que é Anarquia?

Mikhail Alexandrovich Bakhunin, segundo ele, Anarquia não é ordem e nem desordem. O termo somente é usado como sinônimo de bagunça, pelo fato de que os anarquistas nunca quiseram tomar o poder; por que o que eles têm em mira é o individuo sem representantes, sem delegações, produtor naturalmente em sociedade.

 

O principio da Anarquia é justiça e liberdade primeiramente. Porém, existe a violência para se tentar chegar a ela. Não existe somente uma Anarquia, mas sim várias. A do futuro, a do passado e a do presente.A palavra “anarchos” vem do grego e quer dizer desordem por falta de governo, ou quando não existe a necessidade dele, ou seja, sem governo, sem autoridade, sem superiores.

 

O Anarquismo cristão de Tolstoi não admite violência, como o de Bakhunin já admite,. Godwin esperava a mudança mediante discussões, Proudhon propunha a mudança pelas cooperativas, Kropotkin aceitava a violência a contra gosto. Cada qual com a sua Anarquia, porém com os mesmo princípios e os mesmo fins.

 

A Anarquia crê que os homens possuem os atributos necessários para viver em liberdade e concórdia social, por natureza; que a sociedade livre é a sociedade natural, e que os que impõem leis são os verdadeiros inimigos da Anarquia, logo a Anarquia é o que restaura o equilibro social.O ódio dos anarquistas se volta para o Leviatã: O Estado. “O governo do homem pelo homem é a servidão e define dramaticamente o que é ser governado”. O homem é cada vez mais escravo por crer que é senhor do seu próximo.

 

A anarquia não é senão comunidades autônomas e federadas. Cada comunidade/individuo deve determinar sua vida. O homem precisa ser livre.

 

A Anarquia também é ação direta, que é um conceito de maturidade frente a um conceito de infantilismo. A sua luta é a que o trabalhador subverta a relação estatal, organizando a sua vida ele mesmo. Se todos forem livres, eu também o sou.

 

A revolução anarquista seria feita pela ação espontânea e contínua das massas. Na anarquia, os homens trabalhariam em comunidade por ego, por se sentirem bem; não por que é obrigatório.A liberação deve ser total da pessoa humana, deve ser coletiva e moral; mas antes individual e mental.

 

Para os anarco-sindicalistas, a greve é um argumento revolucionário.

 

Enfim, a procura anarquista é empreender o equilíbrio entre a necessidade da solidariedade humana e os direitos do individuo livre.

 

Muitos indivíduos carregam a Anarquia consigo, porém não a conhecem por esse nome. A Anarquia talvez seja, o que todos procuram a fundo.


Ler: O que é Anarquismo? - Caio Túlio Rocha (Brasiliense)

Manifesto da Liberdade.

Por Pamela Paulino.

Num pais absurdo como o Brasil conseqüentemente iria abrigar ideologias absurdas, principalmente as ligadas ao ódio racial e assim permanecer por algum tempo.

Darei detalhes ao leitor sobre o dia em que todos quebraram sua cápsula protetora conformista e medíocre, importada de "intelectuais" europeus burros.

 

Em determinada tarde, não tão comum assim, houve uma revolta.

Nesse dia todos acordaram cedo, extasiados por um sentimento unânime. Ninguém recuaria e ninguém voltaria para casa sem conseguir o que queria, não se passaria mais um dia sem que tivessem de volta seu direito mais valioso, de valor incalculável, o bem mais precioso de um individuo: a liberdade, que fora roubada a tanto tempo mas não fora esquecida.

 

Como passaram tanto tempo sem ela? Isso já não importava, hoje a reencontrariam.

Acredito que todos estavam com milhares de idéias borbulhando dentro da cabeça, muita coisa se passava. O objetivo era claro e o momento era confuso.

"Uma terra habitada por índios, tomada por europeus e explorada pelo egoísmo". Pessoas deram suas vidas pela solução e eles também estavam dispostos a lutar.

Não havia mártires, mais não se vive sem liberdade. Todos foram as ruas e trajaram suas vidas. Sabiam o que os esperavam e não houve fascista que brecou o ideal de um militante libertário nesse dia, não houve socos ou botinadas fortes o suficiente para desestimular alguém.

 

A calma caiu e mesmo com tantos feridos, ela estava ali finalmente. Enfim, um futuro livre.

As instituições caíram juntos com suas bandeiras. O que restou da escória verde e amarela marchou com seus amigos ratos "puros" até o centro de sua querida cidade, do seu querido pais para serem traídos por seus representantes de merda e sangrarem pelas mentiras em que acreditaram por tanto tempo. Pobres crianças! Até mesmo suas bandeiras se recusaram a serem sujas com o caldo da escória.

Ao fim do dia todos estavam esgotados. Foi um dia válido, foi necessário.

Estamos livres. Não temos fronteiras, nem raças ou bandeiras. Estamos livres.

Estudar?

Esses dias, entrei naqueles armarinhos antigos, e me deparei com a seguinte frase: "Estudar é a luz da vida!". Então, comecei a refletir sobre a valorização do estudo hoje em dia. 
Estudar. Estudar? ESTUDAR?
Estudar PARA QUÊ?

-Adquirir conhecimento;
-Adquirir argumentos para enfrentar acusações injustas;
-Nunca ser enganado;
-Nunca ser manipulado;
-Conseguir um emprego;
-Seguir uma profissão;
-Nunca ser escravizado;
-Nunca ser pisado ou humilhado;
-Entre outros.

Poucos motivos?

Claro que cada um tem a sua visão; se olharmos pelo lado "romantico", somente o receber/passar conhecimento já basta. Já para aqueles com olhar mais crítico/político, seria estudar para "ser alguém", para esfregar na cara do governo que nunca seremos derrotados.

Porém, percebemos que, o ato de estudar já não é tão valorizado como outrora fora, especialmente por jovens (e mais especificamente, adolescentes). Muitos até dizem que faculdade/universidade é perca de tempo! 

Digo que, se você parou de estudar, não tenha vergonha de voltar. E mais, devemos estudar sim, pois o próprio governo nos dá armas para derrubá-lo, e é estudando, que descobrirmos como utiliza-las. E tenho dito!

domingo, 18 de outubro de 2009

O negro - a questão racial

“[...]E não existe cor, somente raça. E a raça, é humana!

Dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra; o mesmo dia em que Zumbi dos Palmares morreu.

E as a situação para o negro continua difícil desde aquela época. 63% dos pobres são negros, 68% da população indigente é...Negra! Em São Paulo, 22% dos desempregados são negros, o rendimento mensal do negro é de 515 reais, 21% dos negros são analfabetos.

E por que? Por que existe o racismo entre a população brasileira; que em sua maioria é formada por pardos, mistura entre brancos e negros. Por que as pessoas têm a mente fechada ainda, que deixam a marca da escravidão no cantinho de seus cérebros, germinando.

O ser humano se torna mais escravo, ao tentar fazer do seu próximo um escravo.

Agindo assim, o ser humano nunca será livre, por que a liberdade começa a se formar à partir do momento em que um começa a respeitar e aceitar o seu próximo.

Outra coisa absurda é esse sistema de cotas para negros. Esse sistema de cotas mostra o racismo enrustido no cantinho do cérebro. Mostra que as pessoas ainda crêem que o negro é inferior ao branco intelectualmente.

Todos nós temos que pôr dentro da cabeça que ninguém é melhor que ninguém, e ninguém é pior que ninguém. Que a cor da sua pele não mostra o que você é; e acima de tudo, que suas ações não sejam perdoadas ou julgadas por causa dela.

Quantas vezes ouvimos a velha história de que a mãe/pai “rouba” uma caixa de leite ou um pacote de bolacha do supermercado para dar para os filhos comerem e é presa, não somente pelo “crime”, mas também se nota que o fazem pela cor da pele! O próprio governo não fornece o básico de sobrevivência (que é de direito de todos por sinal) e ainda fazem algo do gênero! Quantas vezes um jovem rapaz que leva sua pasta de trabalho, é agredido por policiais por que, por ser negro, tem que ser ladrão! Isso não existe! Não é a cor da sua pele que define o que você é, ou qual a sua índole!

O negro é um verdadeiro batalhador, tem que enfrentar preconceitos, xingamento (como macaco, negrinho, pilantrinha), exploração (entre outros), e ainda continua indo em frente, tocando a vida e subindo cada vez mais. Não que os brancos não o sejem, mas a questão racial para o branco é menos amarga que para o negro.
Prego a união racial, por que todos somos iguais, independente de raça, credo ou cor.

Temos os mesmos direitos, e temos os mesmos deveres. Porém, somente seremos todos livres, quando passarmos por cima de mais esse preconceito.

Diga não ao preconceito racial!